Civilização grega
1. Meio Físico e aspectos gerais:
• Localização: Península Balcânica.
• Divisão:
- Grécia Continental (Sul da península balcânica).
- Grécia peninsular (Península do Peloponeso);
- Grécia insular (Ilhas do mar Egeu);
- Grécia asiática (Litoral da Ásia menor);
- Magna Grécia (Sul da península itálica).
• Características:
- Solo árido e montanhoso;
- Relevo acidentado e alternado por planícies (isolamento geográfico);
- Litoral entrecortado: existência de portos naturais.
• Povoamento:
- Cretenses;
- Pelasgos (habitantes primitivos da Grécia);
- Povos indo-europeus: Aqueus, Eólios, Jônios e Dórios.
• Periodização:
- PRÉ-HOMÉRICO - séculos XX a XII a.C.
- HOMÉRICO - séculos XII a VIII a.C.
- ARCAICO - séculos VIII a VI a.C.
- CLÁSSICO - séculos VI a IV a.C.
- HELENÍSTICO - a partir do século IV a.C. (a Grécia perde sua independência, caindo sob domínio macedônio).
2. Do período homérico ao arcaico (XII a.C. – VIII a.C.):
• Comunidades gentílicas:
- Organização econômica, política, social e religiosa típica do período homérico;
- Características:
* organização familiar (extensa) chefiada por um patriarca;
* casamento endogâmico;
* economia: propriedade coletiva dos meios de produção.
* sociedade:
Divisão coletiva do trabalho e dos bens produzidos pelo grupo;
Ausência de desigualdades sociais (materiais);
Critério de status social – grau de parentesco com o Pater.
Legislação oral e consuetudinária.
* política: chefia do Pater (patriarca) – Chefe militar, supremo juiz e sumo-sacerdote.
* religião familiar e doméstica: culto de antepassados.
• Desagregação das comunidades gentílicas:
- Causa: crescimento demográfico – escassez de terras – guerras entre os genos.
- Desagregação Interna:
* Surgimento da propriedade privada da terra e de desigualdades sociais;
* Formação de grupos sociais:
EUPÁTRIDAS (BEM NASCIDOS) – melhores e maiores porções de terras; PARENTES PRÓXIMOS.
GEORGÓIS (AGRICULTORES) – pequenas propriedades; PARENTES DISTANTES.
TETHAS (MARGINAIS) – despossuídos; PARENTELA.
* Conseqüência imediata: aprofundamento das desigualdades sociais (surgimento da escravidão doméstica).
- Desagregação externa:
* Aglutinação dos genos aliados: Genos – Fratrias – Tribos – Demos – Polis (cidade-estado) – SINECISMO.
* Conseqüência imediata: radicalização das disputas entre os genos rivais (escravismo).
- Desdobramentos principais:
* Segunda diáspora grega (colonização da magna Grécia);
* Surgiemnto de desigualdades sociais.
* Surgimento das Poleis gregas.
3. Características gerais da formação das cidades-estados:
• Processo de agrupamento de acordo com o principio da territorialidade (SINECISMO);
• Causa econômica: desenvolvimento das trocas e do artesanato.
• Desagregação definitiva das comunidades gentílicas – nova estrutura social e econômica:
- Grupo dominante: Aristocracia (Eupátridas);
- Grupo Intermediário: Comerciantes, artesãos, georgóis (pequenos proprietários) e tethas;
- Base: escravos. MODO DE PRODUÇÃO ESCRAVISTA.
• Existência de antagonismos internos e rivalidades externas.
• Estrutura interna de uma cidade-estado:
- Acrópole;
- Ágora;
- Porto;
- Outras Instalações: ginásio, teatro, acampamento e fonte.
• Cidades pequenas (regra geral). Exceções: Esparta e Atenas (400.000 hab.).
4. A Colonização grega e as transformações econômicas, sociais e políticas:
• Primórdios das cidades-estado:
- Economia agrária.
- Critério de status e cidadania: propriedade da terra.
- Conseqüência política: transferência do poder (Basileu - Aristocracia). OLIGARQUIA.
• Processo de colonização (segunda diáspora grega):
- Causas: centralização fundiária, escassez de terras, crescimento demográfico, surgimento de conflitos sóciopolíticos (ameaça ao poder da aristocracia).
- Conceito: ocupação de terras não gregas por gregos e formação de outras polis nos territórios ocupados.
- Características das colônias (novas polis):
* Independência política.
* Desenvolvimento de relações comerciais com as metrópoles. Aparecimento de rivalidades eventuais.
* laços de unidade metrópole-colônia: Idioma e religião.
- Conseqüências:
* Expansão da cultura grega pelo Mediterrâneo.
* Declínio da estrutura agrário-comercial tradicional.
* Consolidação do modo de produção escravista: Conquista, Comércio e escravização por dividas.
* Aprofundamento do empobrecimento das camadas mais pobres da população:
“(...) as condições de trabalho escravo fizeram piorar o nível de vida da população pobre, sobretudo dos escravizados por dívidas. (...) Como o artesanato empregava um grande numero de trabalhadores escravos (...), a concorrência entre artesãos livres e escravos degradou o artesanato, desvalorizando os salários dos artesãos livres. Os proprietários de oficinas preferiram investir mais na agricultura de exportação e na compra de escravos do que na expansão do artesanato. (...) O mercado interno praticamente inexistia e o artesanato passava a produzir para um mercado distante. O Excedente populacional não encontrava, desse modo, escoamento no artesanato, o que agravava os antagonismos sociais e acirrava as lutas políticas”.
* Desenvolvimento de uma sociedade urbana e mercantil: fortalecimento dos comerciantes.
* Conflitos sóciopolíticos (jogo de interesses):
ARISTOCRACIA – Manutenção do status sóciopolítico.
COMERCIANTES – Direitos políticos.
PEQUENOS PROPRIETÁRIOS, TRABALHADORES LIVRES – reformas socioeconômicas e políticas.
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